quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

LIMA E LITORAL NORTE PERUANO

Pela Ruta Panamericana é possível ir de Nazca ao Equador, passando por Lima e pelo litoral norte peruano. A estrada está em boas condições por todo o trajeto, talvez por conta do alto valor dos pedágios cobrados ao longo do caminho.


A capital do país possuí os mesmos problemas das grandes cidades, como tráfego intenso, estadias caras e uma diferença social nítida. Com mais de oito milhões e meio de habitantes e banhada pelo Oceano Pacífico a cosmopolita cidade possuí gigantes aranhas céus em contraste com a pobreza da periferia. Ainda assim os passeios culturais são bastante agradáveis.

No caminho ao Equador é possível relaxar ao longo das belíssimas praias peruanas, onde o surf é a atração preferida. Apesar da água fria de quase todo o litoral muitos turistas buscam as perfeitas ondas.





Deve-se dar destaque a cidade de Trujillo e as praias que a rodeiam, como Huanchaco, pequeno pueblo localizado a trinta km da segunda maior cidade do país. Mais ao norte, a menos de cento e setenta km da fronteira com o Equador, está Mancora, um pueblo encantador onde o kitesurf e o surf são extramente praticados. Com ondas grandes e mar de água quente Mancora conta também com uma vida noturna bastante agitada durante o verão.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

LINHAS DE NAZCA

Saindo de Cusco a estrada que segue à Nazca se encontra em boas condições, contudo o caminho é muito sinuoso, o que leva uma viagem de seiscentos e sessenta km demorar em torno de doze horas.

Nazca é uma cidade de aproximadamente trinta mil habitantes, situada em uma zona árida da Republica Peruana, porém conta com um sistema de irrigação criado pelos pré-incas e um dos mais modernos existentes.

A economia da cidade é basicamente voltada para o turismo, pois apenas sete km da praça de armas estão às misteriosas linhas de Nazca, desenhos na terra que datam de mais de dois mil anos, cuja origem, forma e finalidade são desconhecidas.

Nitidamente visível a bordo de uma aeronave, cujo aluguel custa em torno de cinqüenta dólares, as linhas são principal atrativo da cidade.

Existem algumas teorias que tentam explicar a existência dessas linhas, como a sua criação por seres extraterrestres, utilizados como calendários por póvos pré-incas, pura demonstração de arte e sabedoria (de um povo que tinha até complexos sistemas de aquedutos e técnicas agrícolas) ou então culto aos deuses.

De qualquer maneira é uma experiencia interessante para quem explora o altiplano peruano.






sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MACHU PICCHU

Dispostos a explorar a região do Valle Sagrado e as ruínas de Machu Picchu partimos de Cusco a Ollantaytambo e seguimos, cruzando a Cordilheira Urubamba, até chegar ao povoado de Santa Teresa.

A estrada segue asfaltada até aproximadamente cem km de Ollantaytambo e a partir daí inicia uma das mais charmosas trilhas do Continente.

Apesar da paisagem deslumbrante o caminho não deixa de ser perigoso e segue até uma hidroelétrica localizada há vinte km de Santa Teresa.

Caminhamos então por duas horas seguindo o trilho do trem, acompanhado pelo Rio Urubamba, até chegar a Águas Calientes, porta de entrada do Santuário Histórico de Machu Picchu.

Esse é somente um dos caminhos conhecidos e o mais econômico para quem vai de carro ou onibus, para os amantes do trekking existe a trilha inca (inca trail), onde o viajante pode fazer a caminhada em duas opções, quatro dias partindo de Qoriwayrachina (39 Km) ou dois dias partindo de Chachabamba (19 Km).

Apesar do alto valor cobrado pelas agencias de viagem a trilha inca tem uma imensa procura, onde o viajante tem que fazer uma reserva com pelo menos um mês e meio de antecedência.

Mesmo repleto de aventura e belezas naturais existe uma grande exploração dos guias que levam todas as bagagens desses viajantes, alem de montar as barracas e preparar os alimentos.

A trilha inca tem seu final em Intipunku, a entrada principal do templo que em quéchua significa “entrada del sol” e que em 21 de junho dia do solstício de inverno o raio do sol ilumina diretamente a cidade perdida intiwatana (que significa amarrar ao sol) onde teriam medidas astronômicas para o tempo e as estações do ano.

As ruínas são impressionantes e misteriosas, hoje um local turístico e antigamente sede do império Inca, onde viveram aproximadamente mil pessoas.

No topo de Waynapicchu (montanha localizada ao lado de Machu Picchu e onde se cultuava a Lua) se pode ver a majestosa cidade e uma vista panorâmica de todo o vale que a rodeia.

A precisão nas construções impressiona, mas o que realmente chama a atenção foi o local cuidadosamente escolhido. Um lugar realmente lindo e geograficamente perfeito em termos de segurança militar do Império.

Os questionamentos sobre a forma em que a cidade foi construída são constantes e ainda se pode sentir uma energia mística emergindo deste local que realmente deve ser considerado sagrado.

De fato as palavras são inúteis diante desta realidade fantástica, onde magia e verdade caminham lado a lado.










segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CUSCO

Apenas oito km depois de Copacabana chegamos a fronteira com a Republica Peruana. Seguindo pela Ruta Panamericana passamos por Puno e chegamos à Cusco, cidade localizada no coração das Américas e parada obrigatória para quem vai explorar as inúmeras ruínas incas e espanholas da região.




Uma cidade com aproximadamente trezentos mil habitantes (grande maioria de origem quéchua) e localizada a três mil e quatrocentos metros de altitude. Cidade espetacular onde se respira história e cultura, com uma arquitetura muito bem conservada pode-se conhecer ruínas da comunidade Inca, que aqui estabeleceu a “sede” de seu império que data de mais de quatro mil anos, e ao mesmo tempo se nota uma grande influência da colonização espanhola.

Localizada no centro da cidade está a Plaza de Armas, cercada por prédios históricos do período colonial. A sudeste da praça está um antigo caminho Inca, com paredes que datam de mais de três mil anos e que ainda permanece um mistério para ciência e engenharia, uma vez que até a hoje não existe uma tecnologia capaz de reproduzir tamanha perfeição no encaixe das pedras que pesam toneladas e não cabe um fio de cabelo entre as mesmas.




Em Cusco é possível conhecer diversas igrejas coloniais e museus, além de feiras regionais de artesanatos típicos. Ademais, existem quatro ruínas próximas a cidade, utilizadas provavelmente para rituais de sacrifício, além de uma fortaleza Inca que também deveria ser utilizada como um grande santuário.



Com um povo simpático e atencioso, além de malandro como os brasileiros, nos sentimos em casa em Cusco. Além da beleza natural e histórica da região, é um bom local para se estabelecer e explorar a cultura Inca (localizada próxima ao Valle Sagrado) ponto de partida para conhecer a cidade perdida de Machu Picchu.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ISLA DEL SOL

Localizada no lado boliviano do Lago Titicaca, há uma hora e meia de barco de Copacabana, está a “Isla del Sol”, uma ilha que além de deslumbrante é considerada sagrada segundo a cultura Inca.

Neste local encontra-se a rocha sagrada, ponto de partida de toda cultura Inca. De acordo com essa mitologia foi na isla que nasceu o Sol, o principal Deus Inca, e também que Manco Cápac e Mama Ocllo, os primeiros Incas, fizeram suas aparições místicas.

De qualquer forma durante séculos se cultiva o Deus Sol na isla de diversas maneiras, constando até sacrifícios humanos na história desta que é a maior ilha do Lago Titicaca.

Nos quatorze km quadrados da isla é possível passear por diversas ruínas dessa cultura milenar que ainda gera mistério e fascínio.